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Salamandra-lusitânica

Fotografar anfíbios não é assim lá muito agradável, pois gostam de habitar lugares húmidos. É o caso da Salamandra-lusitânica. Esta estava para lá da entrada da mina, uns bons 20 metros. Foi uma aventura entrar na mina com o objetivo de fotografar a Salamandra, pois estava escura e húmida e era relativamente baixa para mim. Como tal fui obrigado a permanecer no seu interior durante largas horas e sempre aninhado pois não conseguia estar na posição ereta.

Munido de uma botas adequadas e que chegavam até aos joelhos, lá me aventurei no seu interior em busca de Salamandras. Havia poucas era um facto.

As alterações ao seu habitat, a poluição dos cursos de água e os incêndios rurais são algumas das principais ameaças a esta espécie, que foi classificada como vulnerável face à área restrita onde se pode encontrar e ao decréscimo do número de indivíduos. Esta classificação aconselha a medidas de preservação e reabilitação dos habitats onde vive, bem como dos locais onde se reproduz – como é o caso das minas e grutas.

Esta é uma espécie que só existe (endémica) no Noroeste da Península Ibérica e foi descrita pelo naturalista Barbosa du Bocage, nos anos 60 do século XIX.
Quando ameaçada, a Salamandra-lusitânica consegue soltar a sua cauda.