Palestra no Agrupamento de Escolas de Campo em Valongo
Hoje tive o privilégio de realizar a palestra “O papel da fotografia e do vídeo na sensibilização ambiental” no Agrupamento de Escolas Júlio Dinis, em Gondomar. Durante duas sessões, de manhã e à tarde, partilhei com os alunos as minhas vivências na realização de documentários de natureza e vida selvagem pelo mundo. Fui surpreendido com uma homenagem especial: no auditório, estavam expostas fotografias da minha antiga exposição nos Moinhos de Jancido, acompanhadas por um quadro com desenhos e pinturas dos alunos inspirados nelas. Agradeço à professora Rita Cordeiro pelo convite. Espero que este dia tenha ficado na memória dos alunos e os inspire a construir um mundo melhor!
A conservação das áreas naturais ao redor dos Moinhos de Jancido é essencial para proteger a biodiversidade local e manter a beleza histórica da região. Graças ao esforço incansável dos Rapazes de Jancido, a paisagem renasceu, com trilhos recuperados, ribeiras limpas e fauna preservada. Este trabalho voluntário não só devolveu vida aos moinhos, como também inspirou uma maior consciência ambiental. No entanto, urge reflorestar (depois do grande incêndio) e restringir o acesso de veículos motorizados, dado que são uma perturbação para a pouca fauna que ainda persiste. A continuidade da proteção desta área garante um refúgio para espécies autóctones e um espaço para o turismo sustentável.
Paulo Ferreira, fotógrafo de natureza e realizador de documentários naturais, natural e residente em Gondomar, tem dedicado uma parte da sua vida a realizar documentários naturais ao redor do mundo. Países como a Espanha, Noruega, Chile, Argentina, Nova Zelândia, Islândia, foram lugares onde Paulo Ferreira já realizou filmes. Através dos seus trabalhos, procura fazer chegar às pessoas, a mensagem de que é necessário preservar os poucos espaços naturais que possuímos na nossa única casa, o Planeta Terra. De certa forma tem por objetivo, incutir nas pessoas uma maior consciência e sensibilidade ambiental.
Recentemente os seus documentários naturais têm sido transmitidos nos canais nacionais de televisão, nomeadamente a RTP e SIC, como é o caso de “No silêncio dos moinhos”, “Açores um novo desígnio”, “Naturalmente Flores”, “Islândia natureza ígnea” e “Naturalmente Graciosa”.
Já publicou dois livros, intitulados “Patagónia a ponta do mundo” e “No silêncio dos moinhos”, sendo em breve publicado um novo trabalho e encontra-se atualmente a realizar uma serie de documentários naturais no arquipélago dos Açores.
Aqui ficam algumas fotografias ilustrativas do regresso da Primavera aos Moinhos de Jancido.
Paulo Ferreira realizou uma inspiradora palestra no Agrupamento de Escolas Virgínia Moura, em Guimarães, intitulada “O papel da fotografia e do vídeo na sensibilização ambiental”. Durante a sessão, o documentarista partilhou a sua visão sobre a importância da imagem como ferramenta de sensibilização e mudança de mentalidades, utilizando o seu vasto portefólio de trabalhos realizados em diversos pontos do mundo.
Com um conjunto impressionante de fotografias e vídeos, Paulo Ferreira transportou os alunos e professores para realidades distintas, desde florestas ameaçadas a ecossistemas marinhos em risco. Através das suas imagens, evidenciou os impactos da ação humana no planeta, destacando temas como as alterações climáticas, o degelo dos glaciares e a poluição luminosa.
Além de alertar para os desafios ambientais, o documentarista sublinhou o poder da fotografia e do vídeo como meios de contar histórias e inspirar mudanças. Incentivou os alunos a usarem a imagem para dar voz a questões ambientais locais, promovendo uma maior consciência ecológica.
A palestra terminou com a mostra de várias fotografias de algumas aves e Paulo Ferreira ofereceu dois exemplares dos seus ivros aos alunos que acertaram no nome da ave. Foi uma experiência enriquecedora e motivadora para todos os presentes.
Paulo Ferreira, fotógrafo de natureza e realizador de documentários naturais, tem vindo a destacar-se na captação da beleza selvagem do planeta. Natural de Gondomar, tem percorrido Portugal e o mundo, levando aos espectadores imagens deslumbrantes que promovem a consciência ambiental.
Entre os seus mais notáveis documentários naturais estão No Silêncio dos Moinhos, um olhar poético sobre a relação entre o homem e a natureza, e Açores: Um Novo Desígnio, que explora a riqueza ecológica do arquipélago açoriano. Já em Naturalmente Flores, retrata a biodiversidade da ilha das Flores, enquanto Naturalmente Graciosa destaca a singularidade paisagística da ilha Graciosa. Por fim, Islândia: Natureza Ígnea transporta o público para as paisagens vulcânicas e geladas da Islândia, revelando a força bruta da Terra.
Estes documentários, transmitidos em canais nacionais como a RTP e SIC, consolidam Paulo Ferreira como uma referência na cinematografia ambiental. Com um impressionante currículo de prémios internacionais, o seu trabalho não só deslumbra visualmente, mas também educa e sensibiliza para a necessidade urgente de preservar os espaços naturais. A sua missão é clara: inspirar um mundo mais consciente e comprometido com a proteção do meio ambiente.
Hoje, 3 de março de 2025, celebra-se o Dia Mundial da Vida Selvagem. Celebrar este dia é muito importante para que a consciência e sensibilidade ambiental chegue aos mais céticos. Há que preservar a pouca vida selvagem que existe ao nosso redor. Para assinalar este dia, realizei este vídeo numa parceria entre a JCDecaux Portugal, a Loving the Planet e a PTLAPSE.
As fotografias a preto e branco que realizei no dia 1 de março de 2025 no Parque Natural do Alvão, são uma homenagem à intemporalidade da paisagem e à ligação ancestral entre o homem e a terra. A ausência de cor sublinha a essência dos elementos, revelando texturas, contrastes e formas que contam histórias silenciosas. Cada imagem captura não apenas a beleza agreste das serranias e dos cursos de água que as rasgam, mas também os pormenores subtis – uma árvore retorcida pelo vento, projetando a sombra na água corrente, a rugosidade de um muro de pedra, as marcas deixadas pelo tempo nas casas e nos trilhos esquecidos.
O preto e branco reforça a sensação de permanência e transitoriedade simultaneamente. A luz desenha sombras longas que evocam a passagem lenta dos dias, enquanto as rochas e as águas cristalinas testemunham séculos de mudança. Esta naturalidade, outrora parte inseparável do quotidiano, desvanece à medida que as pessoas se afastam da terra e dos ritmos naturais. O Alvão, com a sua paisagem quase imutável, torna-se assim um refúgio de memórias e de silêncio, onde o passado e o presente se entrelaçam. Através destas fotografias, procuro eternizar esse vínculo frágil, dando voz a uma natureza que resiste ao esquecimento.
Notícia publicvada no Jornal Correio dos Açores:
Paulo Ferreira, autor dos documentários “Açores, um novo desígnio” e dos episódios “Naturalmente Flores” e “Naturalmente Graciosa”, sente-se como “um filho de cada ilha por onde passa”. Obteve grandes audiências televisivas com os episódios sobre as Flores e a Graciosa, e no presente ano estreará o episódio sobre a ilha de São Jorge. O objectivo é filmar em todas as ilhas pois “a beleza natural dos Açores é distinta do resto do mundo”.
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