Teaser – Naturalmente São Jorge
Hoje, 3 de março de 2025, celebra-se o Dia Mundial da Vida Selvagem. Celebrar este dia é muito importante para que a consciência e sensibilidade ambiental chegue aos mais céticos. Há que preservar a pouca vida selvagem que existe ao nosso redor. Para assinalar este dia, realizei este vídeo numa parceria entre a JCDecaux Portugal, a Loving the Planet e a PTLAPSE.
Notícia publicvada no Jornal Correio dos Açores:
Paulo Ferreira, autor dos documentários “Açores, um novo desígnio” e dos episódios “Naturalmente Flores” e “Naturalmente Graciosa”, sente-se como “um filho de cada ilha por onde passa”. Obteve grandes audiências televisivas com os episódios sobre as Flores e a Graciosa, e no presente ano estreará o episódio sobre a ilha de São Jorge. O objectivo é filmar em todas as ilhas pois “a beleza natural dos Açores é distinta do resto do mundo”.
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A ilha Graciosa, situada no arquipélago dos Açores, é um tesouro natural onde a fauna, a flora e o mar se entrelaçam numa paisagem exuberante. Com uma biodiversidade única, esta ilha é um exemplo vivo da importância de preservar os espaços naturais para combater as alterações climáticas.
A fauna da Graciosa é caracterizada pela presença de aves marinhas, como os cagarros ou os garajaus, ou ainda o raro painho-de-monteiro e alma-negra, que encontram nas suas falésias e em especial no Ilhéu de Baixo e Ilhéu da Praia, um local ideal para nidificar. Além disso, diversas espécies de aves migratórias fazem desta ilha um ponto de paragem durante as suas rotas migratórias, evidenciando a sua importância como refúgio para a vida selvagem.
Quanto à flora, a Graciosa é adornada por pastagens verdejantes e uma variedade de plantas endémicas dos Açores. A camarinha, a vidália ou a não-me-esqueças, são apenas algumas das muitas espécies que contribuem para a beleza natural da ilha.
O mar que rodeia a Graciosa é uma fonte de vida abundante, com águas cristalinas de um azul intenso que abrigam uma diversidade de vida marinha. Desde pequenos peixes coloridos até cetáceos majestosos, passando pelo coral-negro, este ambiente marinho é vital para o equilíbrio do ecossistema local.
A atividade vulcânica na ilha Graciosa foi crucial para a sua formação geológica e singularidade. Os vestígios vulcânicos moldam a paisagem, criando locais únicos como a Caldeira, a Furna do Enxofre, e a Caldeirinha, que são fontes de interesse turístico e científico, enriquecendo a ilha.
Tal como com as outras ilhas do arquipélago dos Açores, visitar esta ilha é conhecer um importante património geológico, composto por locais de interesse científico, pedagógico e turístico.
Preservar espaços naturais como a ilha Graciosa é fundamental na luta contra as alterações climáticas. Esses ecossistemas desempenham um papel crucial na regulação do clima global, absorvendo carbono da atmosfera e fornecendo habitats essenciais para a vida selvagem. Ao protegermos estes tesouros naturais, estamos também a proteger o nosso planeta e as futuras gerações.
Brevemente na SIC.
Já se passaram 10 anos de viagens pelo mundo. O meu trabalho ao nível da fotografia, vídeo e realização de documentários de natureza, foi marcado por uma profunda ligação com a vida selvagem e os ambientes mais remotos. Tentei que cada clique capturasse a essência da diversidade natural, desde vastas florestas como por exemplo no Chile, na Argentina e na Nova Zelândia, até paisagens geladas e montanhas intocadas na Islândia e na Noruega, incluindo os Açores e Portugal continental. Esses projetos não só documentaram a beleza do nosso planeta, mas também trouxeram à tona a urgência da sua conservação. Pelo caminho encontrei pessoas fantásticas ao redor do mundo, de entre os quais realço Sir David Attenborough, com quem tive uma conversa que recordarei para sempre. Através das minhas objetivas, procurei consciencializar as pessoas sobre a importância de preservar esses ecossistemas para as futuras gerações, unindo arte e ativismo ambiental.
O filme curto “Breve História da Humanidade”, depois de atingir os dois milhões de visualizações nas redes sociais, foi selecionado no festival internacional de cinema “Los Angeles Film Awards”.
São boas notícias vindas de Los Angeles, pois é sinónimo de reconhecimento da qualidade da mensagem que o filme contém.
Breve História da Humanidade, é um vídeo de cerca de 6 minutos que tem por finalidade sensibilizar as pessoas para a atual problemática ambiental.
A crise ambiental atual é um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta. O desmatamento, a poluição e o aquecimento global têm causado impactos devastadores nos ecossistemas e na biodiversidade. O consumo excessivo de recursos naturais, assim como da retirada do subsolo de petróleo e carvão, impulsionado pelo crescimento populacional e pelo modelo económico insustentável, agrava ainda mais essa situação. As mudanças climáticas resultam em eventos extremos, como secas, inundações e incêndios florestais, que afetam milhões de pessoas. É urgente que governos, empresas e sociedade civil unam esforços para adotar práticas sustentáveis, promover a preservação ambiental e garantir um futuro saudável para as próximas gerações.
Sabemos de onde vimos mas não sabemos para onde vamos.
Veja o vídeo aqui: Breve História da Humanidade
Realização e narrativa de Paulo Ferreira.
Redação e locução de Eduardo Rêgo.
Musica de André Barros.
O Cinema nos Moinhos (uma parceria com os Moinhos de Jancido) é um evento que tem vindo a suscitar de ano para ano, um forte interesse por parte dos amantes da natureza e de uma forma geral por todos aqueles que se preocupam com as problemáticas ambientais. A IV edição do “Cinema nos Moinhos” realiza-se a 20 de julho, pelas 21h00 na zona dos Moinhos de Jancido em Foz do Sousa – Gondomar e os lugares, como habitualmente, são limitados. O acesso só se fará através da apresentação de bilhete (já estão disponíveis através do contacto 966454440). Este ano, para além de uma mostra fotográfica sobre os moinhos de jancido, o documentário que irei apresentar será o da Islândia (Islândia Natureza Ígnea) e que passou recentemente na SIC. O convidado especial desta 4ª edição é José Alberto Rio Fernandes, Professor Catedrático da universidade do Porto.
Saiba mais clicando no evento do Facebook:
Num belo dia de primavera, a manhã despontava serena nos Moinhos de Jancido. A brisa suave dançava entre as folhas, trazendo consigo o aroma fresco das flores recém-desabrochadas. O sol nascente pintava o céu com tons rosados e dourados, enquanto os primeiros raios iluminavam as margens do rio Sousa e os antigos moinhos, conferindo-lhes um brilho quase mágico. Acordei…
Apaixonado pela natureza, levantei-me bem cedo, e equipado com a minha câmera fotográfica e paciência rumei aos Moinhos. Eu já a tinha fotografado lá no alto no céu, mas pretendia uma fotografia da Águia-pesqueira, empoleirada de forma majestosa nos amieiros que ladeavam o rio Sousa. Determinado a capturar uma imagem dessa ave rara, caminhei silenciosamente pelo bosque. Cada passo era cuidadosamente calculado para não perturbar a tranquilidade do lugar.
Foi então que ao aproximar-me da ponte de Longras, ao levantar os olhos, pareceu-me vislumbrar uma ave de rapina empoleirada num Amieiro a cerca de 100 metros de distância. Era a Águia-pesqueira e estava lá! Empoleirada num velho mas robusto amieiro, as suas penas brilhavam à luz do sol da manhã. Rapidamente ajustei os parâmetros da câmera e através da objetiva de 600mm pude confirmar o que os meus olhos haviam reparado. E novamente pensei para comigo. É a Águia-pesqueira e está ali! O silêncio era absoluto, quebrado apenas pelo canto distante dos pássaros que começavam a despertar. E então, fiz um clique. E de seguida, mais cliques. A imagem ficou perfeita: a águia em toda sua majestade, contra o pano de fundo da natureza exuberante que abraça o rio Sousa. E levantou voo quando ainda confirmava as fotografias que havia registado.
Eu sabia que aquele instante era raro e precioso, resultado da minha dedicação e foco. Uma oportunidade única para registar uma ave tão bela e rara na região. E sorri, sentindo-me parte de algo maior, conectado à beleza selvagem que havia conseguido capturar através da objetiva. Um momento feliz que fez esquecer todos os outros insucessos. Sonhar e acordar cedo, a par da minha persistência, tinha valido a pena.