Celito Medeiros pinta alguns frames do documentário Açores – Um novo desígnio
Certo dia, recebi um email do Celito Medeiros, a pedir-me autorização para pintar alguns frames do meu documentário “Açores – Um Novo Desígnio”. No inicio, confesso que não dei grande relevância ao assunto e permiti que fossem utilizados os frames que pretendia. Dias mais tarde, fiquei a saber (através de uma procura no Google), que afinal Celito Medeiros, era um artista plástico, escritor e poeta. Embaixador Universal da Paz (Embaixada de Genebra, Franco-Suíça) e Premio Unesco.
Hoje, recebi algumas dessas pinturas e fiquei maravilhado com a técnica utilizada. Um trabalho fantástico, memorável e apaixonante, dado que é uma outra forma de ver os mesmos locais que filmei e fotografei. O seu portefólio pode ser visualizado aqui: Cellito Medalros – Celito Medeiros (myportfolio.com)
As suas palavras:
Caro amigo Paulo Ferreira,
Eu assisti o seu documentário por diversas vezes, apreciando cada detalhe, cada palavra tão bem narrada por Eduardo Rêgo, em um texto que foi além de ser emocionante. Todos os que participaram em todas as áreas, conseguindo nesta soma de valores e talentos, produzirem os Desígnios dos Açores, passado e presente.
Fiquei apaixonado pelo Ilhéu das Cabras, sua rachadura mostra muito bem que foi resistente ao incidente dos vulcões, na bela ilha dividida pelo efeito e não formada por ele, no que antes era tudo unido entre vales, planícies e morros e montanhas. A visão do Pico mais alto de Portugal remete a todos os tempos, a todas as visões que dali foram observadas e o vôo que suas imagens proporcionaram em seu interior ainda incandescente.
O Bailar das Baleias tão lindamente descrito por Roxane e César.
O Moinho de vento, as plantações de vinícolas em resíduos vulcânicos, uma consistência de solo rico e produtivo gerando o Vinho do Pico. Quanto trabalho para chegar a tudo isto.
O Observador Antero, como guardião dos movimentos de tudo à sua vista e sua presença em tudo avistar, neste anseio de fazer o melhor e foi além…
As lagoas de São Miguel, um espetáculo em cada uma delas, em suas cores, a vegetação e lindas flores soavam como algumas canções de fados de Francisco e Amália.
A importância ambiental da Empresa Futurismo, tão bem relatada por Laura Gonzáles e Rui Rodrigues nesta Proteção efetiva.
O Diretor do Museu da Ilha, Manuel Costa Júnior, onde seu conhecimento e palavra viva, encheu-me de orgulho em sua narrativa. Dos momentos da pobreza e o retorno de glória para a riqueza da ilha, dantes não bem exploradas.
Acerca do autor:
– Celito (Freitas de) Medeiros, neto de imigrantes Açorianos no Brasil, nascido em 1951 numa Fazenda de Arroz e Haras de Cavalos. Desde criança um arteiro hiperativo, há mais de 65 anos na Pintura em todas as técnicas e áreas conhecidas.
(Nos intervalos da vida, fez dois cursos de engenharia, Escola de Belas Artes, Estudos de pós graduação em Psicologia, Master and Doctorate Course em Ciência Espiritual, finalmente homologada pela OMS, agora lecionado em diversas Universidades pelo mundo, em médio prazo disponível a todos, especialmente na área de Saúde Mental, a Psique – o Estudo do Espírito).
Celito Medeiros é um nome facilmente encontrado na busca do google e com páginas no Facebook. Mais de 200 exposições internacionais, incluindo algumas no Carroussel du Louvre. Aposentado por Invalidez permanente, mas permanece ativo em seus pincéis em nova técnica que adotou e ainda possibilita seu trabalho diário, com imenso prazer enquanto este corpo viver, pois como espírito será como todos os assemelhados, infinitos e eternos.