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Palestra na USG – A Fotografia e o Cinema na Consciencialização Ambiental

Palestra Universidade Sénior de Gondomar

A convite da Professora Maribel, Paulo Ferreira estará presente na Universidade Sénior de Gondomar no âmbito da sua palestra “A Fotografia e o Cinema na Consciencialização Ambiental”. O evento realiza-se pelas 15h00 nas instalações da Universidade e durará cerca de 60 minutos. Paulo Ferreira irá apresentar uma sequência de fotografias maioritariamente noturnas, que foi realizando ao redor do mundo, demonstrando assim que é possível através da fotografia, consciencializar as pessoas para algumas questões ambientais, nomeadamente a poluição luminosa. A palestra terminará com a mostra do documentário “Naturalmente Flores”, exibido recentemente pela RTP.

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Paulo Ferreira premiado no ART&TUR nas Caldas da Rainha

Paulo Ferreira premiado no ART&TUR

Paulo Ferreira marcou presença na cerimónia de entrega de prémios no ART & TUR – International Tourism Film Festival. O documentário “Naturalmente Flores” exibido recentemente na RTP Açores, foi galardoado com o troféu de “Melhor Filme” na categoria de “Expedições e Aventura”. O Dr. Luís Maciel, presidente do Município de Lajes das Flores – Ilha das Flores (Açores), esteve presente na cerimónia e recebeu o prémio.

Desde a sua 1ª edição em Barcelos, em 2008, o Festival ART&TUR tem cumprido eficazmente a sua missão de dar a conhecer ao mundo as melhores produções audiovisuais realizadas em Portugal e no mundo. Este ano, teve a RTP e a TAP como entidades parceiras.

A cerimónia decorreu no Centro Cultural e Congressos das Caldas da Rainha, no dia 27 de outubro e contou com a presença de muitos realizadores e produtores de alguns países.

A problemática das alterações climáticas foi matéria que sempre me interessou. Fosse pela manifesta constatação, fosse movido pela ânsia de dar o meu contributo para a formação de uma consciência ambiental que obrigasse os mais jovens e, por simpatia, os adultos. Olhar para além do nosso quintal é fundamental para a génese de novos comportamentos ambientais, responsabilizando cada um de nós à participação numa dinâmica que não permite folgas ou desleixos. A criação de um público interessado e actuante é o desafio que se nos impõe enquanto participantes inclusos actuantes da sociedade.




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Documentário Naturalmente Flores recebe prémio em Sesimbra

Paulo Ferreira recebe prémio em Sesimbra

Paulo Ferreira recebeu ontem, um prémio no festival internacional de cinema “Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival”. O documentário de natureza “Naturalmente Flores”, exibido recentemente na RTP e que foi realizado na ilha das Flores, foi galardoado com um troféu da autoria de consagrada escultora e artesã, Lourdes Brites.

O prémio foi-lhe entregue no Cineteatro Municipal João Mota, em Sesimbra. 

O documentário “Naturalmente Flores”, estreou no dia 22 de abril de 2023 (dia da Terra), pelas 21H00, no auditório do Museu Municipal de Lajes das Flores. O filme foi realizado e editado por Paulo Ferreira e tem a narração a cargo de Eduardo Rêgo. Paulo Ferreira esteve a gravar na ilha das Flores durante 20 dias em 2020 e 2022 e mostra-nos algumas singularidades ao nível da flora e da fauna, incluindo a marinha. As imagens do fundo do mar das Flores despertam em nós a consciência ambiental necessária para que todos possamos reverter o sentido das alterações climáticas. As imagens noturnas (da Via Láctea), gravadas ao redor da ilha das Flores são uma visão diferente do que estamos habituados a ver. Isto porque a Ilha das Flores possui pouca poluição luminosa, algo que a todos deveria preocupar. Durante o filme quase que damos por nós sentados à beira mar, a ouvir o som dos Cagarros, sob um céu estrelado salpicado pela luz da Via Láctea. São imagens belas de uma Ilha especial para Paulo Ferreira.

O filme foi patrocinado por LadoB Café, Viagens Gondomar, Opticália Gondomar, Delete Informática, Ptlapse, Ppsec Engenharia, Socidias e Goldnature e contou com o apoio do Municipio de Lajes das Flores, da Aldeia da Cuada, da ExperienceOC, e da colaboração do Serviço de Ambiente e Alterações Climáticas das Flores, do Parque Natural das Flores e Reserva da Biosfera da Ilha das Flores, do Governo dos Açores e da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas. O documentário teve ainda a colaboração extraordinária da equipa de mergulho, constituída por Gui Costa, Carel Padilha e Filipe Gomes, estes últimos da escola de mergulho Longitude31.

Pode ver o documentário na RTP Play:

Naturalmente Flores de 10 ago 2023 – RTP Play – RTP

Ou aqui:

Naturalmente Flores – PT on Vimeo






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Galáxia de Andrómeda Um Poema

Andromeda

Na vastidão do firmamento estrelado, Andrómeda, esplêndida, se ergue no espaço, Um turbilhão de estrelas, dança de luz e encanto, Um poema cósmico, um sonho abraçado.
Ela gira em segredo, em espirais de mistério, Bordada com estrelas, joias do infinito, Nebulosas dançam em seu véu sedoso, Nas asas da noite, ela brilha, um afluente.
Distante e majestosa, em seu manto celeste, Andrómeda nos convida a contemplar, Os segredos do universo, os mistérios profundos, Que na noite escura, ela nos revela, a sonhar.
Em sua galáxia, uma sinfonia de luz, Bilhões de histórias, vidas por desvendar, Andrómeda, tu és nossa irmã cósmica, Nossa inspiração, nossa busca no olhar.
Assim, em poemas estelares, te celebramos, Andrómeda, beleza nas fronteiras do espaço, Que possamos, um dia, juntos desvendar, Os segredos que em teus braços vêm repousar.

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Fotografia no Parque Natural de Montesinho

Fauna em Montesinho

O Parque Natural de Montesinho é uma área protegida localizada no nordeste de Portugal, na região de Trás-os-Montes, próxima à fronteira com a Espanha. Este parque natural é conhecido pela sua beleza natural, biodiversidade e pela presença de diversas espécies de animais selvagens, incluindo os veados.

Os veados (Cervus elaphus) são uma das espécies de cervídeos que habitam o Parque Natural de Montesinho. Estes animais são mamíferos herbívoros e são conhecidos pela sua elegância e majestosidade. Os veados são animais de porte médio a grande, com pelos acastanhados e chifres, que crescem principalmente nos machos e são usados durante a época de acasalamento para lutas e disputas territoriais.

A população de veados em Montesinho é estudada para garantir a sua conservação e proteção. Eles desempenham um papel importante no ecossistema, pois ajudam a controlar a vegetação ao alimentarem-se de plantas, arbustos e ervas. Além disso, são uma atração para os visitantes do parque, que têm a oportunidade de observar esses majestosos animais no seu ambiente natural.

Os veados são apenas uma das muitas espécies de fauna que podem ser encontradas no Parque Natural de Montesinho, que abriga uma grande variedade de animais selvagens, incluindo aves de rapina, javalis, lobos e muitos outros. Este parque é um importante refúgio para a vida selvagem em Portugal e oferece oportunidades excecionais para a observação da natureza e a prática de atividades ao ar livre num ambiente natural intocado.

Veja as fotografias na Galeria

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O cometa Nishimura (C/2023 P1)

Cometa Nishimura em Gondomar

O cientista japonês Hideo Nishimura descobriu no dia 11 de agosto um novo cometa, cuja passagem pela órbita do Sol foi prevista pela NASA para o início de setembro.
Agora, após uma curta, mas muito aguardada espera por parte dos amantes da astrofotografia, o cometa conhecido como Nishimura (C/2023 P1) atingiu o seu ponto mais próximo da Terra, e isso foi motivo para tentar registar este objeto celeste.
A fotografia mostra o cometa “por cima da capela do Calvário” em Gondomar e como se trata de um cometa periódico, só daqui a 400 anos é que será possível observá-lo novamente.
Depois de vários dias a estudar a posição do cometa de que toda a gente que gosta de astrofotografia, falava, no passado dia 8 de setembro, levantei-me às 4h00 da madrugada e desloquei-me para a zona do Monte Castro, local onde montei um sistema fotográfico que me ajudou na recolha de fotografias.
Depois de chegado ao local (por volta das 4h30), tive de escolher o melhor enquadramento possível com o objetivo de registar o cometa e para isso contei com o auxílio de software específico que me ajudou a orientar na direção do nascer do Sol, dado que era nessa zona que o objeto celeste iria surgir por detrás das serras do Parque das Serras do Porto.
Depois de posicionado os dois tripés que utilizei, comecei por registar algumas fotografias de teste, quando reparei que o relógio marcava 5h30 e a ténue luz do nascer do dia começava a surgir no horizonte.

Eu sabia que tinha uma janela de oportunidade muito pequena. Antes do nascer do Sol, eu tinha de fotografar o cometa, dado que a luz do dia iria impossibilitar o registo fotográfico. As dificuldades seriam muitas, desde logo a localização do cometa através da minha câmara fotográfica e esperar que as nuvens ou neblinas não surgissem na linha do horizonte. Com um pouco de sorte (que deu muito trabalho), as neblinas não surgiram e o registo fotográfico iniciou-se quando localizei o cometa a surgir por detrás das serras após uma fotografia de longa exposição (cerca de 20 segundos).
Isto só foi possível pois o sistema de “tracking” Sky Watcher que utilizei, permite que qualquer câmara que esteja acoplada a ele (neste caso foi utilizada uma objetiva de 200mm), vá acompanhando a rotação da Terra. De uma forma mais simples (pois o processo é um pouco complexo), pode-se dizer que este sistema é “apontado” à Estrela Polar e a partir daí qualquer objeto roda em torno desse eixo, o que permite por exemplo registar fotografias de longa exposição para capturar a ténue luz proveniente do espaço profundo e nunca perder definição. O que seria impossível com uma câmara estática.
Nunca seria possível registar exposições com duração superior a 12 segundos (mesmo com valores de ISO elevados), se não fosse com a ajuda deste equipamento, caso contrário as estrelas e planetas no horizonte, ficariam com um “risco” e não com um “ponto” de luz.
Depois de registar cerca de 250 fotografias (até às 6h45), poucos minutos antes do Sol surgir no horizonte, dei o registo por terminado e regressei a casa, local onde mais tarde viria a editar estas fotografias e com elas devidamente “empilhadas”, numa técnica que dá pelo nome de “stacking”, criar esta imagem. O facto de ser um profissional da fotografia e do vídeo e ao mesmo tempo possuir formação em Sistemas Informáticos, dá-me valências que possibilitam ir mais longe no mundo da fotografia. E o espaço profundo é todo um mundo novo que está a revelar-se às novas tecnologias.
Perceber que com uma simples câmara fotográfica e uma objetiva com algum “zoom”, podemos capturar imagens que os nossos olhos não veem, é deveras apaixonante e permite ter outra perceção da casa que habitamos (o planeta Terra) e todo o jardim ao seu redor (a Via Láctea).
Paulo Ferreira já registou imagens da Lua em alta resolução, da Via Láctea, da Galáxia de Andrómeda, da Nebulosa de Orion, das Perseidas, do Cometa Neowise e agora o Nishimura, entre outros objetos.
Contudo, este é um processo moroso, que dá algum trabalho, requer preparação e estudo e exige dedicação, mas que de certa forma dá prazer quando vemos a imagem surgir diante de nós. E neste caso em particular, tratando-se de um cometa, a satisfação é ainda maior.
Saibam mais sobre as minhas fotografias e vídeos em www.pauloferreira.pt

Paulo Ferreira e a história da fotografia do cometa Nishimura (C/2023 P1)

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Não basta abrir a janela

Não basta abrir a janela.

Adoro Alberto Caeiro. Peguei num dos seus poemas e realizei este vídeo. 

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

© 1924, Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
From: Poesia
Publisher: Assírio & Alvim, Lisbon

A versão em Inglês:

To see the fields and the river
It isn\’t enough to open the window.
To see the trees and the flowers
It isn\’t enough not to be blind.
It is also necessary to have no philosophy.
With philosophy there are no trees, just ideas.
There is only each one of us, like a cave.
There is only a shut window, and the whole world outside,
And a dream of what could be seen if the window were opened,
Which is never what is seen when the window is opened.

@ Translation: 1998, Richard Zenith
From: Fernando Pessoa & Co. – Selected Poems
Publisher: Grove, New York, 1998

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Melro-d´água (Cinclus cinclus)

Melro-d´água (Cinclus cinclus)

Paulo Ferreira (Fotografia e vídeo de natureza):

Gosto de fotografar a flora e fauna natural. Gosto de fotografar o céu e as estrelas. O dia e a noite. Gosto de fotografar e pronto. Mas confesso que quando me iniciei na fotografia de natureza, estava longe de pensar que algum dia isso me iria dar prazer. O simples prazer de observar, de admirar, de imortalizar, de dar a conhecer, ou simplesmente guardar na minha memória. Estar em contacto com o mundo natural, é estar próximo da vida. Sentir o mundo e perceber a sua fragilidade. E acreditem que me agarro à vida, como quem saboreia um chocolate. É até ao último pedaço. E foi com esta premissa que tenho vindo a aperfeiçoar a técnica que está inerente a quem almeja a conceção de tão difícil fotografia. Seja uma simples ave, ou um simples mamífero. Ou um escaravelho. Ou seja, desde o ser “macro” ao maior objeto do espaço profundo. Neste caso foi uma ave. Uma ave que tem vindo a desaparecer dos rios mais isolados da zona onde vivo. Falo por exemplo do curso de água cuja foz fica em Rio Mau – Penafiel. De vez em quando percorro uma parte deste afluente do rio Douro, na parte mais a montante, nas proximidades de Cabroelo. E foi por ali que fotografei esta espécie. Nesse dia, o meu objetivo não era fotografar o Melro-d´água e como tal quando me deparei com a sua presença junto a uma pequena queda de água, fiquei surpreso. Lembro-me que me escondi um pouco para não assustar a pequena ave e munido de uma câmara fotográfica e de uma objetiva de 600mm, fui registando algumas fotografias e de entre as quais selecionei esta. Depois de vários minutos a observar a ave a entrar e a sair da água, reparei que tinha os pés completamente molhados, pois na ânsia de me embrenhar na natureza, havia pisado uma pequena poça de água, que havia ficado retida na margem. Habitualmente pergunto-me se não são estas histórias que me dão prazer e me incutem uma vontade enorme de continuar.

Joel Neves (Biólogo):

Pequeno e rechonchudo, de tonalidade predominantemente castanha e com uma mancha branca grande no peito, o melro-d’água (Cinclus cinclos) é um símbolo dos rios das terras altas do Norte e Sul do país. Esta espécie está praticamente ausente do litoral e a sul do Tejo, e apenas ocorre em linhas de água límpidas, pouco profundas, de regime torrencial com rápidos/represas/quedas de água e com pedras expostas. É residente e tem, essencialmente, hábitos sedentários, sendo por isso possível de ser avistado todo ano nas zonas de reprodução ou muito próximas destas. Apenas muito excecionalmente, podem-se deslocar para mais perto do litoral ou zonas de menor altitude aquando da dispersão dos juvenis na época da migração pós-nupcial. O ninho consiste numa pequena taça de musgo com uma entrada lateral, feitos em locais inconspícuos e inacessíveis na face de rochas ou debaixo de represas e, por vezes, até mesmo por trás de quedas de água.
Detentor de comportamentos muito particulares, o melro-d’água é um regalo para aqueles que têm um fascínio pela observação de aves e/ou fotografia da natureza. A sua característica “dança”, com o balancear do corpo de cima para baixo, pousados numa rocha no leito de um rio e a sua fantástica forma de capturar as suas presas de eleição, os invertebrados aquáticos, onde para isso mergulham (podendo chegar a 1m de profundidade) e nadam usando as suas asas, são dos espetáculos mais fascinantes na nossa avifauna.
Embora não se encontre com estatuto de conservação desfavorável, as tendências populacionais do melro-d’água seguem a da maioria das espécies de aves a nível global, um decréscimo na última década. As principais causas que contribuem para tal, são a poluição das linhas de água montanhosas e a perturbação humana em locais de nidificação.

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Ponte medieval no Parque Natural do Alvão

Ponte romana Parque Natural do Alvão

Ponte medieval no Parque Natural do Alvão. O local estava em silêncio, antes de começar a ouvir o som dos meus próprios pés, quando comecei a descer o amontoado de pedras, cobertas pelas folhas secas. A água do rio Ôlo, escura e macia, salpicada pelas gotas de água que caíam das nuvens negras, dava um toque misterioso ao cenário que estava diante de mim. Procurei ficar em silêncio e por ali continuei alguns minutos a observar atentamente cada detalhe do local, ao mesmo tempo que ia registando algumas fotografias.

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