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Islândia – O meu próximo documentário curto

Paulo Ferreira na IslândiaEste ano, à semelhança de anos anteriores, enveredei por uma aventura, em busca de paisagens arrebatadoras e lugares únicos, onde a natureza prevalece e se mostra aos olhos daqueles que a querem ver. Desta vez, foi a Islândia. Terra insular no meio do Atlântico Norte. Um país que tem uma população de quase 350 mil habitantes, cobrindo uma área de cerca de 103 mil quilómetros quadrados. Grande parte dos seus habitantes, estão na capital, Reiquiavique. Fora da cidade, é um imenso lugar cheio de magia, pronto a ser descoberto.

O desafio era enorme. Percorrer a ilha em menos de 15 dias, não seria fácil.
Nos primeiros dias, as condições meteorológicas não foram as melhores, no entanto sempre fui buscar forças onde já não acreditava que ainda existissem. O documentário curto tinha de ser realizado. Sinto necessidade de apelar ás pessoas para a necessidade de preservação do nosso planeta, a nossa única casa. Nunca desisti e o documentário está quase pronto.

Que estes lugares únicos, estas paisagens, a fauna e a flora da Islândia, sejam fonte de inspiração para continuar a preservar o pouco que ainda nos resta. Mesmo que para isso, eu tenha de ir a sitios inóspitos, subir a vulcões, atravessar paisagens lunares e percorrer dezenas de quilómetros por entre rios e vales de lugares desconhecidos. Não tenho medo do desconhecido.

Quantas vezes dei por mim a falar com focas, a pensar em baleias, a escalar um glaciar, a imaginar a explosão do cone de um vulcão onde estive sentado por várias vezes. Tudo isto estará no próximo documentário curto. Um filme com cerca de 15 minutos, que apela à consciência. Que apela a que tenhamos consciência. Consciência! Sapiência! Pensamento! No limite, teremos a capacidade de perceber a relação que existe entre nós, seres Humanos e o meio que nos rodeia (o ambiente onde estamos inseridos).

Numa época em que tanto se fala da necessidade de travar as alterações climáticas, com o objectivo de salvar o planeta, na verdade, quem está em perigo somos nós. A Terra continuará a existir, quer cá estejamos, ou não.

E o filme…em breve!

Uma amizade para lá da fotografia

Paulo FerreiraHá algum tempo atrás fui convidado para um projecto fotográfico que viria a ser um dos meus maiores desafios até à data.
Estávamos em pleno Outono, um domingo chuvoso e eu sentado junto ao computador a editar um vídeo (na altura o documentário curto Patagónia – The Tip Of The World”). Tocou o telemóvel. Do outro lado da linha, uma voz calma e serena, desculpava-se por me estar a ligar num domingo. Certificou-se de que estava a falar comigo e prosseguiu com uma pergunta:
Estás interessado em ceder algumas fotografias, para colocar nas paredes de um espaço de turismo rural em Gondomar?
Confesso que fiquei boquiaberto. Colocar fotografias nas paredes? Rapidamente comecei a perceber que essas fotografias não seriam 20×30, nem tão pouco alguns números mais acima.
Ainda não refeito da surpresa da ideia, do outro lado do telemóvel, nova pergunta:
Quanto é que isso custará?
Calma, disse eu. Deixe-me lá ver se percebi o que pretende.
A chuva era cada vez mais forte, o domingo estava muito cinzento, frio e eu perdido no meio do desafio, perguntei:
Qual o tamanho das fotografias? Pretende colocar telas de grande dimensão?
Novamente do outro lado, uma resposta:
São grandes. Para colocar nas paredes. Talvez algumas tenham 2, 3, 4, 5, ou mesmo 6 metros.
Se eu estava pasmado, mais pasmado fiquei. 6 metros?
Respondi:
Tenho de ver o local e perceber qual o material que será usado como suporte.
Combinamos um dia e hora e 3 ou 4 meses mais tarde, as fotografias estavam nas paredes desse espaço.

Esta imagem em anexo, serve apenas para ilustrar um dos locais que foram fotografados com vista à obtenção de uma panorâmica que tivesse a qualidade suficiente para uma impressão de 6 metros de largura.
Os clientes, fizeram questão de ir a esse mesmo local, para verem com os seus olhos, o espaço retratado na fotografia que têm no seu estabelecimento de turismo rural. E foram eles que me fizeram esta fotografia.
Há momentos que ficam para a eternidade. Muito mais importante do que a fotografia, são as relações que as pessoas estabelecem. Neste caso em particular, aquilo que era inicialmente um negócio deu lugar a uma amizade. E a vida é feita disto. De momentos que nos dão cor à vida.
Obrigado Paula e Norberto.

Grifo – O todo poderoso

Grifo
Grifo

A minha paixão pela fotografia de natureza, levou-me estes dias ao Penedo Durão em Freixo de Espada À Cinta, no Parque Natural do Douro Internacional. O objectivo era fotografar aves, mais concretamente o Grifo, o Britango e a Águia Perdigueira. Confesso que fiquei surpreendido pela quantidade de aves que habitam aquela zona de Portugal. De entre algumas centenas de fotografias que realizei, decidi publicar esta em especial, pois recordo perfeitamente o momento em que a registei. O momento foi vivido apenas entre mim e o Grifo. Lembro-me de o olhar nos olhos, através da objectiva da minha câmera e de ele não gostar. Olhou em frente revoltado pelo facto de o ter fotografado e destemido desapareceu no penedo rochoso que o aguardava. A imponência destas aves, o lugar que ocupam na natureza e a sua dimensão, são aspectos que me fascinam. Apesar da importância de cada um destes seres vivos, temos vindo a observar um crescente aumento na destruição da biodiversidade. As causas poderão ser as mais variadas, contudo na maioria das vezes, somos nós que aceleramos este processo. Clique na imagem para visualizar a fotografia em tamanho maior.

Santiago Indie Film Awards

Aotearoa – We Are All Made Of Stars, faz parte da selecção oficial de filmes que foram admitidos ao festival internacional de cinema independente, “Santiago Independent Film Awards”. O documentário curto, está nomeado para prémio na categoria “BEST DOCUMENTARY SHORT”.

Trata-se de um festival que se realiza em Santiago do Chile e que aceita apenas, filmes realizados de forma independente.

É com um enorme orgulho que recebemos esta informação e decidimos dar a conhecer esta notícia, pois ela é só por si, sinónimo de reconhecimento internacional e prestigia a dedicação e o trabalho independente, que Paulo Ferreira tem vindo a realizar ao longo dos últimos anos.

Paulo Ferreira dá-nos a conhecer os lugares maravilhosos que ainda existem na nossa única casa, a Terra e que tendencialmente continuamos a destruir.

A informação sobre a selecção oficial pode ser consultada em:

Santiago Independent Film Awards

 

Panorâmica da Via Láctea

Panorâmica da Via Láctea. Clicar na imagem para ver a fotografia num tamanho superior.

No passado dia 31 de Agosto, estive no Parque Natural do Douro Internacional, nas proximidades da Aldeia de Pena Branca, a realizar um workshop de fotografia nocturna. Na noite anterior à do evento, fui para o terreno na expectativa de conseguir realizar uma fotografia que há já algum tempo idealizava. Eu queria imenso uma fotografia panorâmica, com a finalidade de mostrar à Via Láctea, que circunda o Planalto Mirandês, localizado no Nordeste Transmontano ao longo do Douro Internacional.

Apesar de ter chegado muito tarde ao local onde iria ficar alojado (Cimo da Quinta), ainda consegui tempo para registar este momento. A ânsia de “congelar” a galáxia em espiral onde vivemos era imensa. E essa ânsia acontece, não pelo facto de querer um troféu, antes sim porque os dias que temos disponíveis para o conseguir, não são assim tantos. Isto porque os meses do ano favoráveis à fotografia da Via Láctea, são apenas 2 (na minha opinião). Por outro lado temos de eliminar os dias de Lua Cheia e as condições climatéricas desfavoráveis, como chuva, nevoeiro, neblinas, nuvens, etc. E ainda há que contar com a vontade de cada um de nós, de ir para o terreno à noite, deixando para trás algumas coisas importantes.

Com todos estes impedimentos, é fácil de deduzir que as noites para fotografar a Via Láctea, não são assim tantas como parece. É pois necessária uma boa dose de coragem, dedicação, persistência e trabalho. Tudo isto justificado pela simples razão de que é preciso mostrar o local onde vivemos. Uma pequeníssima bola azul nesta imensa Galáxia. Que quer aceitem quer não, é indiferente se essa bola azul, lá está ou não. A Via Láctea será sempre Via Láctea, com ou sem Terra, com ou sem racionalidade.  Disso não haja a mais pequena dúvida.

No entanto, sabendo eu (e tu e todos nós) a dimensão da nossa “única casa”, será mais fácil percebermos a nossa dimensão e o quão insignificante somos para a vida no Universo. Ter noção da escala da Terra em relação a esta imensa Galáxia, é ter noção do nosso lugar. Percebemos assim que todos os conflitos pessoais e da Humanidade em geral, não têm qualquer razão de ser.

Por isso, não liguem muitas luzes, não iluminem o que não é preciso, pois todos nós necessitamos da luz das estrelas, para iluminar a nossa existência.

Aproveito o momento para agradecer aos participantes no workshop de fotografia nocturna em Miranda do Douro, (Diana Pinto, Alcides Meirinhos, João Miranda de Azevedo, Manuel Marques, Ricardo Leal e Luís Almeida), pela presença. Espero que tenham vivido uma experiência única e que tenham percebido que mais importante do que fazer fotografia, é viver e registar os momentos, num negativo, num ficheiro, ou na nossa memória.

Islândia – O dia a dia da expedição

Paulo Ferreira
Paulo Ferreira a preparar o registo de timelapse

Paulo Ferreira terminou recentemente uma expedição à Islândia, com o objetivo de realizar um novo documentário curto, que consciencializa as pessoas para o grande desafio que enfrentamos. As alterações climáticas e a necessidade de olhar com mais atenção para a nossa única casa, o planeta Terra, são motivos suficientes para preservarmos os poucos espaços naturais que nos restam.

É este enorme desafio que enfrentamos, que faz com que Paulo Ferreira continue a produzir estes filmes.

A expedição decorreu durante 15 dias e ao longo de todo esse tempo, foram registados alguns momentos que documentaram a viagem ao Jornal de Notícias. Os vídeos podem ser visualizados clicando em “Continuar a ler“.

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Documentário do Parque das Serras do Porto nomeado no ART&TUR

Documentário “Parque das Serras do Porto” nomeado para prémio no ART&TUR

O documentário foi nomeado para prémio no festival internacional de cinema ART&TUR.

A notícia chegou esta semana, proveniente da Comissão Organizadora do XII Festival Internacional de Cinema de Turismo – ART&TUR 2019, que se realizará em Torres Vedras, de 22 a 25 de Outubro.  O Júri Internacional do Festival – constituído por 25 peritos de 15 países, deliberou que  o filme “Parque das Serras do Porto” deveria fazer parte da lista de filmes nomeados para prémio.

O Jantar de gala da cerimónia de encerramento do festival, será no dia 25 de Outubro, às 21:00, após a realização da entrega de prémios, que se iniciará às 17:30.

O degelo dos glaciares na Islândia

Já estive na Islândia por duas vezes. Uma em 2019 e outra em 2023. Em cada uma das viagens, registei conteúdos multimédia com o objetivo de realizar um documentário sobre esta zona do globo terrestre. Trata-se de um país que me tem inspirado ao nível da conservação da natureza, apesar da grande afluência turística que têm experienciado nos últimos anos. Viajando e conhecendo em pormenor, cada um dos locais, facilmente se observam politicas que vão de encontro às necessidades de incutir maior consciência ambiental nas pessoas. Tomo como exemplos, a ausência de locais onde depositar o lixo, nas zonas de maior interesse para quem visita a ilha, ou facilitismo nos acessos a esses mesmos locais. Pretendem com isto, por um lado filtrar as pessoas que acedem aos locais naturais e dessa forma reduzir o impacto ambiental e por outro obrigar as pessoa a carregar o seu próprio lixo. Medidas que funcionam, pois não vi lixo no chão. No entanto, a Islândia está a sofrer do efeito provocado pelas alterações climáticas. Por exemplo, o degelo dos glaciares é bem notório. E neste pequeno vídeo, registado em 2019, isso é bem visível.

Este pequeno vídeo, evidencia também outra coisa e que tem a ver com uma história que envolve Sir David Attenborough. Curiosamente, aquando da minha viagem em 2019, ele estava alojado no mesmo hotel onde eu estive. Foi ali que conheci esta figura tão importante para o meu gosto pela natureza desde miúdo. Tive a oportunidade de falar com ele durante cerca de 15-20 minutos. Só que ele estava com uma equipa da BBC que envolvia umas 10-12 pessoas e imenso equipamento de captura de imagem. Estavam na altura a realizar um documentário. Confesso que eu me senti um pouco diminuído, dado que eu tinha apenas duas camaras fotográficas, sendo uma delas também para vídeo e um drone, como é possível visualizar neste vídeo. No entanto não deixei de fazer o meu trabalho. Apenas tinha de sair mais cedo do quarto para não me verem carregar uma mochila ás costas e um tripé nas mãos…

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Patagónia – O degelo do Perito Moreno

Numa das minhas aventuras ao redor do mundo, tive a oportunidade de registar em fotografia, o degelo de um enorme glaciar. O Perito Moreno. E este foi o momento:
Na imensidão da solidão, subitamente, ecoa um som estrondoso, arrebatador. Ávido, procuro com o olhar movimento, ação conforme à dimensão do ruído, certamente uma massa de gelo a desmoronar-se de encontro à água, poderosa no seu fluir.
O som, propagado a uma velocidade inferior à da luz, apanha-me distraído e incapaz de reagir a tempo de fazer um registo fotográfico de toda a ação. Talvez numa próxima oportunidade… mas com a atenção redobrada!
Meia dúzia de planos em timelapse e 900 fotografias depois continuava sem despegar o olhar do glaciar na esperança de assistir a novo desabamento. Estranhamente, fiquei dependente dessa visão: porque o ambiente me preocupa, ou simples curiosidade, ou talvez porque sou como S. Tomé – ver para crer que o aquecimento global é uma realidade.
A minha obstinação deu frutos e eu pude recolher o resultado numa fantástica sequência de fotografias feitas no momento dramático da queda de uma enorme massa de gelo na água e à colossal onda gerada pela força do impacto. Sorte. Teimosia. Paciência. Resiliência. Trabalho.
Para se ter a noção da dimensão, este glaciar tem cerca de 60 metros de altura e as fotografias foram obtidas com uma distancia focal de 35mm:

Glaciar Perito Moreno
Um dos maiores glaciares do mundo, o Perito Moreno. Momento onde se verifica o desprendimento.

 

Queda de bloco de gelo
Momento em que o bloco de gelo com cerca de 30 metros de altura, rebenta na água.

Workshop Fotografia Noturna 2019

Workshop fotografia noturnaPaulo Ferreira irá realizar um workshop de fotografia nocturna em Miranda do Douro. O evento está agendado para os próximos dias 31 de agosto e 1 de setembro. Esta é uma data favorável para a realização do workshop, pois a Lua está numa fase que não reflecte a luz do Sol e como tal estão reunidas as condições para a realização de fotografias nocturnas. São exemplos disso a possibilidade de fotografar a Via Láctea, efectuar registo de timelapse ou pintar com luz.

O local onde os participantes ficarão alojados é no Cimo da Quinta – Turismo Rural (https://www.facebook.com/cimodaquinta).

Para além da possibilidade de registar fotografias nocturnas, os participantes terão a oportunidade de descansar um pouco num ambiente muito natural, conhecer a região, dando passeios de bicicleta ou a pé e provar a famosa Bola Doce Mirandesa, entre outras iguarias.

O evento tem vagas limitadas e como tal as inscrições dos potenciais interessados neste tipo de fotografia, devem ser efectuadas o mais breve possível, através do email paulo@pauloferreira.pt ou por telefone 966454440.

Clique na imagem ao lado para visualizar o cartaz com maior definição.