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Etiqueta: Natureza

Estreia do documentário “Islândia – Natureza Ígnea”

Estreia documentário Isândia - Natureza Ígnea

Num cenário majestoso entre o Atlântico Norte e o Círculo Polar Ártico, a Islândia emerge como um pequeno mundo vulnerável às alterações climáticas globais. Esta ilha de contrastes, que oscilam entre as auroras boreais, o gelo e a lava, com as suas paisagens glaciares deslumbrantes e alguns vulcões ativos, enfrenta um enorme desafio. A poluição luminosa, o degelo dos glaciares, a poluição do ar e de água e o aumento do nível do mar desafiam a sustentabilidade ambiental, enquanto as comunidades locais testemunham mudanças significativas nos seus modos de vida. O mesmo se passa com a fauna e flora da Islândia, sempre presentes ao longo do filme. Esta sinopse explora a luta da Islândia para preservar a sua natureza única, enfrentando as crescentes pressões ambientais, destacando a urgência de ações globais para mitigar os impactos das mudanças climáticas naquele que é um dos ambientes mais emblemáticos do nosso planeta.
Um filme realizado por Paulo Ferreira com locução de Eduardo Rêgo.
Evento gratuito de lugares reservados. O acesso é mediante apresentação de bilhete. Com o apoio do Planetário do Porto, da Universidade do Porto e da Ptlapse.

Mais informação ou reserva de bilhetes em: Planetário do Porto (up.pt)

Atualização:

Dada a grande procura por bilhetes, no dia 3 de fevereiro haverá duas sessões de apresentação do documentário. Para quem possui bilhete normal (entregues até agora) deverá assistir na Cúpula do Planetário do Porto. Aqueles que terão os novos bilhetes (com a inscrição: Auditório) deverão assistir no Auditório do Planetário do Porto. Prometo que estarei nos dois locais.
Evento publicado na Agenda Porto:

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Naturalmente Flores – o filme mais educativo do festival internacional de cinema dos oceanos

Paulo Festival OFF

A convite do OCEANS FILM FEST (OFF), festival de cinema que conta com o apoio da Smart Ocean – Parque de Ciência e Tecnologia do Mar de Peniche, Reserva da Biosfera das Berlengas (UNESCO), Aspiring Geoparque Oeste, Associação Onda e com o apoio institucional da Direção-Geral de Política do Mar, informo que estive presente na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, para participar numa pequena palestra e apresentar o documentário Naturalmente Flores. Este filme foi considerado o mais pontuado na componente educativa, ao lado de grandes produções como “A Ilha dos Gigantes” ou “Nazaré – Bigger than Life”.
O município de Lajes das Flores fez-se representar pelo vereador do turismo, Armando Rodrigues, através de videoconferência. Obrigado a todas as entidades que possibilitaram a realização deste filme.


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Palestra na USG – A Fotografia e o Cinema na Consciencialização Ambiental

Palestra Universidade Sénior de Gondomar

A convite da Professora Maribel, Paulo Ferreira estará presente na Universidade Sénior de Gondomar no âmbito da sua palestra “A Fotografia e o Cinema na Consciencialização Ambiental”. O evento realiza-se pelas 15h00 nas instalações da Universidade e durará cerca de 60 minutos. Paulo Ferreira irá apresentar uma sequência de fotografias maioritariamente noturnas, que foi realizando ao redor do mundo, demonstrando assim que é possível através da fotografia, consciencializar as pessoas para algumas questões ambientais, nomeadamente a poluição luminosa. A palestra terminará com a mostra do documentário “Naturalmente Flores”, exibido recentemente pela RTP.

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Documentário Naturalmente Flores recebe prémio em Sesimbra

Paulo Ferreira recebe prémio em Sesimbra

Paulo Ferreira recebeu ontem, um prémio no festival internacional de cinema “Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival”. O documentário de natureza “Naturalmente Flores”, exibido recentemente na RTP e que foi realizado na ilha das Flores, foi galardoado com um troféu da autoria de consagrada escultora e artesã, Lourdes Brites.

O prémio foi-lhe entregue no Cineteatro Municipal João Mota, em Sesimbra. 

O documentário “Naturalmente Flores”, estreou no dia 22 de abril de 2023 (dia da Terra), pelas 21H00, no auditório do Museu Municipal de Lajes das Flores. O filme foi realizado e editado por Paulo Ferreira e tem a narração a cargo de Eduardo Rêgo. Paulo Ferreira esteve a gravar na ilha das Flores durante 20 dias em 2020 e 2022 e mostra-nos algumas singularidades ao nível da flora e da fauna, incluindo a marinha. As imagens do fundo do mar das Flores despertam em nós a consciência ambiental necessária para que todos possamos reverter o sentido das alterações climáticas. As imagens noturnas (da Via Láctea), gravadas ao redor da ilha das Flores são uma visão diferente do que estamos habituados a ver. Isto porque a Ilha das Flores possui pouca poluição luminosa, algo que a todos deveria preocupar. Durante o filme quase que damos por nós sentados à beira mar, a ouvir o som dos Cagarros, sob um céu estrelado salpicado pela luz da Via Láctea. São imagens belas de uma Ilha especial para Paulo Ferreira.

O filme foi patrocinado por LadoB Café, Viagens Gondomar, Opticália Gondomar, Delete Informática, Ptlapse, Ppsec Engenharia, Socidias e Goldnature e contou com o apoio do Municipio de Lajes das Flores, da Aldeia da Cuada, da ExperienceOC, e da colaboração do Serviço de Ambiente e Alterações Climáticas das Flores, do Parque Natural das Flores e Reserva da Biosfera da Ilha das Flores, do Governo dos Açores e da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas. O documentário teve ainda a colaboração extraordinária da equipa de mergulho, constituída por Gui Costa, Carel Padilha e Filipe Gomes, estes últimos da escola de mergulho Longitude31.

Pode ver o documentário na RTP Play:

Naturalmente Flores de 10 ago 2023 – RTP Play – RTP

Ou aqui:

Naturalmente Flores – PT on Vimeo






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Não basta abrir a janela

Não basta abrir a janela.

Adoro Alberto Caeiro. Peguei num dos seus poemas e realizei este vídeo. 

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

© 1924, Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
From: Poesia
Publisher: Assírio & Alvim, Lisbon

A versão em Inglês:

To see the fields and the river
It isn\’t enough to open the window.
To see the trees and the flowers
It isn\’t enough not to be blind.
It is also necessary to have no philosophy.
With philosophy there are no trees, just ideas.
There is only each one of us, like a cave.
There is only a shut window, and the whole world outside,
And a dream of what could be seen if the window were opened,
Which is never what is seen when the window is opened.

@ Translation: 1998, Richard Zenith
From: Fernando Pessoa & Co. – Selected Poems
Publisher: Grove, New York, 1998

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Ponte medieval no Parque Natural do Alvão

Ponte romana Parque Natural do Alvão

Ponte medieval no Parque Natural do Alvão. O local estava em silêncio, antes de começar a ouvir o som dos meus próprios pés, quando comecei a descer o amontoado de pedras, cobertas pelas folhas secas. A água do rio Ôlo, escura e macia, salpicada pelas gotas de água que caíam das nuvens negras, dava um toque misterioso ao cenário que estava diante de mim. Procurei ficar em silêncio e por ali continuei alguns minutos a observar atentamente cada detalhe do local, ao mesmo tempo que ia registando algumas fotografias.

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A Lua que quase beijou a torre do Castelo de Noudar

A Lua em Noudar

Tive a oportunidade de realizar um workshop de fotografia noturna, em pareceria com o Parque de Natureza de Noudar, nos dias 18, 19 e 20 de agosto. O local possui excelentes condições noturnas para que este tipo de fotografia seja realizado. Praticamente não há luz artificial nas proximidades do parque e isso é uma mais-valia para a astrofotografia, por exemplo. Foi o caso desta imagem. Eu sabia que nesses dias, a Lua iria “passar sobre o castelo de Noudar”, se o ponto de registo desse momento, fosse as instalações da Herdade da Coitadinha (Parque de Natureza de Noudar). Dias antes havia consultado alguma informação ao nível de software que ajuda a perceber estes momentos únicos. Mas apesar dessa consulta e cruzamento de informação ao nível da tecnologia existente, não tinha a certeza disso mesmo. Corria o risco de ter de me movimentar para a lateral das instalações e isso poderia não ser possível dado que os terrenos são vedados para pasto dos animais que habitam o parque. Os nossos sentidos ainda são uma mais-valia para complementar a parte tecnológica do processo. E havia outra razão para estar um pouco sético, e que tem a ver com as condições meteorológicas. Por exemplo, as nuvens não podiam surgir ao final da tarde. Munido de uma câmara fotográfica e de uma objetiva de 600mm, montei o tripé no pátio exterior da Herdade por volta das 20h00 e aguardei pelo momento mais favorável ao registo fotográfico. O relógio marcava 20h27 quando a Lua “aparentemente descia” sobre a muralha do Castelo de Noudar. Foram registadas algumas fotografias em diferentes técnicas fotográficas e o resultado é este. Uma Lua que quase beijou a torre do Castelo de Noudar. O mundo é admirável. Só temos de o saber preservar.  Sermos sustentáveis e consciencializar os políticos mais sépticos. Este é o meu desígnio.

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Fotografia noturna em noite de Verão

Ponte_Longras_Noite

A noite caía a passos largos. Olhei para o relógio, marcava 21h15 e eu descida para a ponte de Longras. Uma centenária passagem rudimentar sobre o rio Sousa nas proximidades dos Moinhos de Jancido. Outrora palco de grandes batalhas (entre animais e as pessoas que retiravam da terra o seu sustento), na atualidade serve para os amantes da natureza se deliciarem com as vistas, quer para montante, quer para jusante do rio Sousa. Ao chegar à ponte, o Joel (biólogo), estava sentado na beira do rio (havíamos combinado encontro naquele local horas antes). O objetivo era registar alguns planos de timelapse noturnos e se a ocasião se propusesse, uma ou outra ave noturna, como o Noitibó (um sonho para quem gosta de aves noturnas).
Aproximei-me do rio e procurei um local que enquadrasse a ponte de Longras e a copa das árvores que ladeiam as margens. Apesar de estar num local encaixado no vale do Sousa, ainda assim consegui colocar parte da Via Láctea dentro da imagem. Tinha como finalidade registar o movimento das nuvens e das estrelas que salpicavam a noite de Verão. Pelo meio da escuridão, fui avançando rio dentro para posicionar o tripé e só quando senti os pés molhados é que descobri que havia chegado ao sítio certo. E por ali fiquei largos minutos, O Joel falava de aves noturnas e eu ouvia-o como se estivesse a ler um livro, sentado numa carruagem do expresso do oriente que avançava pela paisagem noturna a todo o vapor. A dada altura, pediu silêncio. Disse-lhe que eu estava calado, ele é que estava a falar. Respondeu que ouvira um Noitibó. E de facto eu também o ouvia, agora que ele o assinalou. E ali ficamos a ouvir, enquanto a câmara registava calmamente as fotografias necessárias para a produção do plano de timelapse. Misteriosos e simultaneamente fascinantes, os noitibós são aves insectívoras de hábitos crepusculares. O noitibó-da-europa faz-se notar principalmente pelo seu canto que faz lembrar um inseto. Era um encanto. Assim torna-se mais fácil concretizar ideias.

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O bútio-vespeiro (Pernis apivorus) é uma ave de rapina discreta e pouco comum

Butio-vespeiro

Paulo Ferreira (Fotografia e vídeo de natureza):

Sou um frequentador habitual da zona dos moinhos de Jancido. Desde 2019 que não há uma semana, que não passe pelo local. Tem sido o meu sítio preferido no que à fotografia e vídeo de natureza, diz respeito. E por essa razão, frequento muitos locais, onde sei que a probabilidade de encontrar uma ave, por exemplo, é muito grande. Foi o caso deste Bútio-vespeiro. Já o estava a seguir há alguns dias, dado que possuía informação relativa à sua localização e preferência de pouso junto à margem do rio Sousa. Gostava de “caçar” algumas rãs menos atentas à presença desta ave. Ou porque talvez não soubessem que ela também gosta de outras coisas, para além de abelhas ou vespas. Talvez seja bom para uma dieta mais saudável. E como tinha informação privilegiada, decidi apostar naquele local. Só posso dizer que a sorte acompanha os audazes, pois dias mais tarde (depois de muitos insucessos), acabei por fotografar esta bela ave, logo após levantar voo junto á margem do rio. Local onde se escondia inúmeras vezes, pois trata-se de uma ave que gosta do contacto com o solo. Com um olho na camera e outro na ave, lá fiz mais de uma dezena de fotografias, quase todas elas sem a qualidade que pretendia. Exceto esta, que o amigo biólogo Joel Neves aceitou escrever o seguinte texto.

Joel Neves (Biólogo):

O bútio-vespeiro (Pernis apivorus) é uma ave de rapina discreta e pouco comum, que partilha algumas semelhanças com a águia-de-asa-redonda (Buteo búteo), com a qual é facilmente confundida. Distingue-se deste última pela ausência da característica meia-lua no peito, pela cabeça cónica e projetada, cauda de maiores dimensões e com múltiplas barras. Apresenta um leque variado de plumagens que, para além das diferenças já habituais consoante o sexo e a idade, inclui uma forma clara, uma forma intermédia (como a que pode ser observada foto) e uma forma escura.

É um migrador estival tardio (maio a setembro/outubro) oriundo da África Tropical. Passa os primeiros meses exclusivamente nos locais de nidificação, preferindo zonas florestais com árvores de grande porte (maioritariamente carvalho e pinheiro no Norte), intercaladas com clareiras. Em agosto, começam a dispersar e a iniciar a sua viagem de regresso para os locais de invernada, pelo que podem ser observados com mais facilidade durante esta época do ano. Alimentam-se essencialmente de ninhos, adultos e larvas de vespas e abelhas, podendo estender a sua dieta a insetos, répteis, pequenos mamíferos, e crias e ovos de aves. De salientar que é um dos poucos predadores conhecidos, a par do abelharuco (Merops apiaster), da invasora vespa-asiática (Vespa velutina).

É uma espécie que em Portugal encontra-se com um estatuto de conservação classificado como “Vulnerável” e está protegida por lei sobre alçada da diretiva Aves e das convenções de Berna, Bona e Washington (CITES). As maiores ameaças à espécie são a perturbação humana nos locais de nidificações, colisão com linhas de alta tensão, destruição de manchas florestais autóctone e conversão em monoculturas florestais, e a instalação de parques eólicos em locais de nidificação ou em corredores de migração.

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